Introdução
Após a crise econômica de 1929, um novo modelo de gestão começou a ser desenvolvido, mais baseado no aspecto humano dos trabalhadores.
Nesse momento, os engenheiros começam a dar lugar aos psicólogos (iniciava-se a Psicologia da Indústria).
A administração passa por um processo de humanização, é o reconhecimento das habilidades pessoais e humanas.
O reconhecimento da importância das habilidades interpessoais, inclusive dos executivos, está intimamente ligado a necessidade das organizações em conseguirem colaboradores com alto desempenho, isso se torna crucial num mercado altamente competitivo.
Conceito
Toda organização tem a própria cultura e estrutura organizacional. Algumas influenciam o mundo inteiro com sua ousadia e inovação, criam tendências no modo de gerir as pessoas, buscar resultados e se tornam referências.
Essa influência é o estudo do comportamento dos indivíduos e de seus impactos no ambiente da empresa.
O estudo do C.O. visa trazer um maior entendimento sobre lacunas a respeito do ambiente de trabalho, a fim de produzir o desenvolvimento contínuo e assertivo de soluções e como reter talentos, promover a harmonia e o maior engajamento entre os stakeholders (todos os afetados).
Variáveis Dependentes do C.O.
Os estudiosos do C.O. construíram um modelo de Comportamento Organizacional, que é composto pelas chamadas variáveis dependentes e independentes.
As variáveis dependentes a serem estudadas são:
1. Produtividade: é a medida da capacidade produtiva de uma organização. Uma organização é produtiva quando atinge seus objetivos. As medidas mais comuns de eficiência organizacional incluem o retorno do investimento, lucro e resultados.
2. Absenteísmo: é o não comparecimento do funcionário ao trabalho. Isso pode acarretar sérios problemas e prejuízos, dependendo de quem falta ao trabalho. Em alguns casos, o absenteísmo pode ser positivo para a organização.
3. Rotatividade (ou Turnover): é a permanente entrada e saída de funcionários da organização, voluntária ou involuntária. A alta rotatividade gera um alto custo com recrutamento e treinamento dos novos funcionários. Ela é positiva quando a pessoa certa sai da empresa.
4. Cidadania Organizacional: é um comportamento discricionário (ou opcional), não faz parte das exigências funcionais, mas ajuda no funcionamento da organização. As empresas precisam de funcionários que façam além de suas obrigações.
5. Satisfação com o Trabalho: podemos entender essa variável como a diferença entre as recompensas recebidas e aquilo que o funcionário acredita merecer. Está associada a produtividade e a qualidade de vida.
Variáveis Independentes do C.O.
Quais são os principais determinantes das variáveis dependentes? Esse questionamento nos leva às variáveis independentes. São elas:
Variáveis no nível do indivíduo: as características mais óbvias são aquelas pessoais ou biográficas: idade, sexo, estado civil, características da personalidade, estrutura emocional, seus valores e crenças. Além da tomada de decisão, percepção, aprendizagem e motivação.
Variáveis no nível do grupo: é preciso entender que o comportamento de um grupo é mais do que a soma das ações dos indivíduos que fazem parte dele. E que o comportamento das pessoas é diferente quando elas estão sozinhas.
Variáveis no nível do sistema organizacional: O C.O alcança seu mais alto nível de satisfação quando somamos a estrutura formal ao nosso prévio conhecimento dos indivíduos e dos grupos. Da mesma forma que os grupos são mais do que a soma dos seus membros individuais, a organização também é mais do que a soma dos grupos que a formam.
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